O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o afastamento do desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por conduta considerada incompatível com a magistratura. A decisão foi tomada após a identificação de publicações com conteúdo político-partidário, nas quais ele teria feito críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e levantado suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Entre os conteúdos usados como base para o afastamento está uma mensagem enviada por Buhatem em uma lista de transmissão no WhatsApp. Nela, ele compartilha uma reportagem sobre a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma comunidade, com a legenda: "Lula é convidado de honra do Comando Vermelho", sugerindo associação do chefe do Executivo a uma facção criminosa.

Em outra postagem, o magistrado divulgou a capa do jornal Folha de S.Paulo com uma pesquisa do Datafolha divulgada antes do primeiro turno das eleições, acompanhada do comentário: "Isso sim tinha que estar no Inquérito das Fake News! Ato contra a democracia!"
A defesa de Buhatem alegou que o desembargador não fez manifestações diretas, tendo apenas interagido com publicações institucionais do então presidente Jair Bolsonaro, sem emitir opinião pessoal sobre o conteúdo compartilhado.
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