O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou que, durante sua gestão, será iniciada uma ampla operação de saneamento no órgão. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada na noite desse sábado (10), o gestor anunciou que todos os processos de concessão de benefícios previdenciários serão revisados, em meio a escândalos de corrupção, denúncias de fraudes bilionárias e suspeitas sobre nomeações políticas.
Segundo Waller Júnior, por orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apenas técnicos deverão ocupar cargos de coordenação. “Estamos comprando briga com Deus e o mundo. Se houver alguém com problemas ou sob suspeita, este é o momento adequado para fazer esse saneamento”, declarou o recém-empossado presidente.

Durante a entrevista, Waller Júnior também criticou a ingerência política na autarquia e afirmou que suas decisões não seguem indicações de padrinhos partidários. “Não pergunto quem indicou”, declarou. “Apenas exonero e nomeio com base em critérios técnicos”, acrescentou o presidente.
O escândalo dos consignados
O novo presidente também defendeu o fim do empréstimo consignado por meio do INSS, ao criticar a responsabilidade atribuída ao órgão em fraudes cometidas por instituições financeiras. “Receber R$ 117 milhões por ano e ser culpado por todas as fraudes? É melhor acabar”, questionou, ao sugerir que o INSS não deveria atuar como intermediário entre bancos e aposentados.
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