Nessa terça-feira (13), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para cancelar as audiências de testemunhas no processo que investiga uma suposta trama de golpe de Estado. As oitivas estão marcadas para começar na próxima semana e devem contar com o depoimento de 82 pessoas.
Entre os nomes indicados para prestar depoimento estão os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ibaneis Rocha (Distrito Federal) e o senador Ciro Nogueira. Todos foram apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação, como testemunhas iniciais do processo.

Na sequência, deverão ser ouvidas as testemunhas indicadas por Mauro Cid, tenente-coronel e delator no caso. Depois, será a vez das testemunhas relacionadas aos outros sete réus, que integram o chamado “núcleo 1”, considerado o principal grupo da denúncia.
A defesa de Bolsonaro alega que precisa de mais tempo para analisar o material probatório reunido fora do processo principal. No requerimento apresentado ao STF, os advogados argumentam que a medida é necessária para garantir o direito ao contraditório e à ampla defesa. Segundo o documento, a intenção é permitir não apenas a complementação das diligências e testemunhas já apresentadas, mas também o adequado questionamento das pessoas arroladas pelas partes.
Atualmente, o caso se encontra na fase de instrução penal — etapa na qual o Ministério Público e as defesas têm a oportunidade de apresentar provas, solicitar diligências e debater os argumentos da acusação e da defesa. Somente após a conclusão desta fase o Supremo poderá julgar o mérito da ação e decidir se os réus devem ser responsabilizados por tentativa de golpe de Estado ou absolvidos.
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