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Lula volta a criticar impeachment de Dilma e diz que aceitará eventual derrota em 2026

A fala ocorreu em resposta a uma pergunta sobre a aguardada reforma ministerial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (03) que aceitará democraticamente uma eventual derrota em sua tentativa de reeleição em 2026. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Lula disse que, se não entregar o que prometeu ao longo do mandato, o povo tem todo o direito de retirá-lo do cargo nas urnas — mas criticou o que classificou como “sacanagem” no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

“Se eu chegar no final do ano que vem e não tiver entregue, o povo tem o direito de dizer ‘ô cara, tchau e bença’. [...] O povo põe e tira, o que não dá é fazer a sacanagem que fizeram com a Dilma, [em que] o povo pôs e aí eles retiraram”, afirmou o presidente.

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da RepúblicaPresidente Lula
Presidente Lula

Segundo interlocutores, Lula já confidenciou a parlamentares próximos que cogita a tentativa de reeleição, mas reforça que a alternância de poder é parte essencial da democracia.

A fala ocorreu em resposta a uma pergunta sobre a aguardada reforma ministerial. Desde o fim das eleições municipais de 2024, Lula tem avaliado possíveis mudanças na Esplanada, com expectativa de contemplar partidos aliados, como o PSD, que aumentaram sua força nas prefeituras e podem ser peças-chave na construção de uma base mais sólida para 2026.

Apesar das especulações, Lula sinalizou que está satisfeito com sua equipe ministerial e afirmou que eventuais mudanças serão feitas por decisão pessoal, não como moeda de troca política. De acordo com o presidente, os ministros que deixarem seus cargos o farão para concorrer nas eleições do próximo ano.

“Estou muito tranquilo com o governo. Acho que as pessoas estão cumprindo exatamente aquilo que foi decidido, uns com mais rapidez, outros com menos, mas temos que respeitar o comportamento humano, é de cada um”, disse.

O presidente também destacou que pretende anunciar três novos programas sociais em breve e que convocará uma reunião ministerial. Além disso, deve se reunir com partidos da base que ainda não têm apoio unânime ao governo.

Para Lula, os resultados do governo até aqui são positivos. “Todos os dados, sem nenhuma distinção, são amplamente favoráveis ao nosso governo, amplamente favoráveis”, declarou.

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