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Teresina - Piauí

Ministério Público denuncia grupo criminoso por aplicar golpes em pacientes do Hospital São Marcos

Denúncia foi enviada à Justiça no dia 10 de abril pelo promotor Sávio Eduardo Nunes de Carvalho.

O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do promotor Sávio Eduardo Nunes de Carvalho, da 26ª Promotoria de Justiça, denunciou sete pessoas pelos crimes de estelionato e associação criminosa. O grupo é acusado de aplicar golpes em familiares de pacientes internados no Hospital São Marcos, fingindo ser médicos para obter transferências via Pix. Para enganar as vítimas, os denunciados alegavam a necessidade urgente de procedimentos médicos e utilizavam, inclusive, dados confidenciais dos pacientes.

A denúncia foi enviada à Justiça no dia 10 de abril deste ano e tiveram como denunciados: Luanna Cristine da Costa Carvalho, Josinete dos Santos Damacena, Raíssa Gomes de Morais, Débora Regina Ferreira de Oliveira, Emanoelly Aparecida da Silva Souza, Caélen Dias Apolinário e Wudson David Arruda da Cunha.

Foto: Lucas Dias/GP1Hospital São Marcos
Hospital São Marcos

Inquérito da Polícia Civil

Segundo o inquérito concluído pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e assinado pelo delegado Kleydson Ferreira, o grupo agia com divisão de tarefas e o a informações restritas, levantando suspeitas sobre possível vazamento interno, embora até o momento não haja comprovação de envolvimento direto de funcionários do hospital.

As investigações revelaram que os golpes ocorreram entre abril de 2024 e fevereiro de 2025, sempre por meio de ligações e mensagens, com os criminosos se ando por médicos do Hospital São Marcos. No primeiro caso identificado, em 29 de abril de 2024, a vítima foi convencida a pagar R$ 3.700,00 por duas tomografias. No mesmo dia, outro familiar de paciente transferiu R$ 4.550,00, acreditando na urgência da medicação. Em 18 de maio, uma terceira vítima reou R$ 3.700,00 para exames supostamente urgentes. Em fevereiro deste ano, mais uma transferência de R$ 264,00 foi feita por outra vítima.

As contas bancárias utilizadas para receber os valores estavam em nome de alguns dos próprios denunciados. O dinheiro era posteriormente reado para outras contas por meio de plataformas como Mercado Pago, dificultando o rastreamento das operações. Um dos investigados, Wudson David, itiu ter intermediado a cessão da conta da companheira Luanna Cristine a terceiros. Em muitos dos registros bancários e eletrônicos, os investigados usavam e-mails que imitavam nomes de médicas, como [email protected] e [email protected], o que reforça a estratégia de simular vínculos com a área da saúde.

Pedidos do Ministério Público

A denúncia do Ministério Público inclui pedido de reparação às vítimas, com valores que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil, conforme os prejuízos causados. O promotor apontou que não há possibilidade de oferecer acordo de não persecução penal, já que a soma das penas mínimas ultraa quatro anos. A materialidade e autoria foram confirmadas com base nos boletins de ocorrência, declarações das vítimas, comprovantes de transações, relatórios de inteligência financeira e diligências policiais.

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