O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante entrevista coletiva nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto. Na ocasião, Lula classificou como “lamentável” a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro junto a interlocutores do Governo dos Estados Unidos, em busca de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“É lamentável que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, esteja nos Estados Unidos convocando o país a interferir na política interna do Brasil. Isso é grave, é uma prática terrorista, antipatriótica, que busca apoio do Trump e de seus assessores para influenciar a política brasileira. Isso não pode ser aceito”, afirmou Lula.
Em resposta, Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo, no qual acusa o presidente de hipocrisia e o chama de “terrorista”. “Que moral tem Lula para falar de interferência americana? Ele só é presidente porque a istração Biden interferiu nas eleições do Brasil, conforme confessou o ministro Luís Roberto Barroso, que pediu ajuda aos americanos quando presidia o TSE”, disse.
O deputado também afirmou que está nos EUA “para defender a liberdade do povo brasileiro”, ao o que, segundo ele, Lula estaria “voltando à cena do crime para roubar os aposentados do INSS e as estatais brasileiras”.
Eduardo ainda acusou o presidente de “fazer terrorismo contra os pobres”, citando o alto custo de vida. “Hoje, o pobre não consegue comprar uma caixinha de ovos. Mas no ano que vem, ele vai ser aposentado da vida pública. E, se Deus quiser, vamos ter um Bolsonaro de volta à Presidência”, declarou.
As falas de Lula acabam por reforçar o nome de Eduardo Bolsonaro como possível candidato da oposição à Presidência da República em 2026. O próprio deputado, em entrevista à revista Veja no último sábado (31), itiu a possibilidade de disputar o cargo. A declaração ainda não foi confirmada nem descartada por seu pai, Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, o que pressiona o PL a construir uma nova liderança nacional.
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