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Comissão da Câmara aprova moções de repúdio ao presidente Lula por apoio a ditaduras

A Comissão também aprovou uma moção de repúdio contra a primeira-dama, Janja Lula da Silva.

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou duas moções de repúdio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido ao seu apoio a regimes autoritários da Rússia e da China. As moções questionam ações e declarações do presidente que, segundo os parlamentares, demonstram alinhamento com governos que desrespeitam os direitos humanos.

Uma das moções foi apresentada pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que repudiou as declarações de Lula feitas em 12 de maio de 2025, durante o Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim. Na ocasião, o presidente brasileiro comparou sua eleição à Revolução Chinesa de 1949, um evento associado a graves violações de direitos humanos.

Foto: Ricardo Stuckert/PRLula e Vladimir Putin
Lula e Vladimir Putin

Outra moção foi proposta pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) em razão da participação de Lula no desfile militar da Rússia, realizado no início deste mês. O parlamentar condenou a presença de Lula no evento, tradicionalmente utilizado pelo Kremlin para exaltar o poderio militar russo. Além disso, o presidente brasileiro foi criticado por ostentar a fita de São Jorge, símbolo militar russo, associado à propaganda de guerra do regime de Vladimir Putin.

“É inaceitável que o chefe de Estado brasileiro se preste ao papel de legitimar, de forma simbólica e política, um regime autoritário responsável por graves violações dos direitos humanos. Lula trai os princípios da diplomacia brasileira, que sempre prezou pela paz, pela liberdade e pela soberania dos povos”, afirmou Marcel van Hattem.

A Comissão também aprovou uma moção de repúdio contra a primeira-dama, Janja Lula da Silva, por uma “manifestação inadequada e constrangedora” durante um encontro oficial entre Lula e o presidente chinês Xi Jinping. Segundo relatos, Janja teria reclamado ao líder chinês sobre o algoritmo do TikTok, alegando que a plataforma favorece conteúdos de direita. Em resposta, Xi Jinping teria afirmado que o Brasil tem o direito de regular ou até banir o TikTok, se assim desejar.

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