Os Correios responsabilizaram a “taxa das blusinhas” pelo prejuízo bilionário registrado em 2024 na empresa, isso porque o tributo teve impacto positivo para o varejo nacional, mas não para a estatal.
Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (09) o valor do prejuízo que os Correios sofreram em 2024, de R$ 2,6 bilhões, sendo maior que em 2023, quando a estatal registrou quase R$ 600 milhões.
No comunicado, os Correios afirmam que o desempenho de 2024 foi reflexo da queda nas receitas com encomendas internacionais e do aumento nas despesas da companhia. Contudo, apesar dos gastos, a empresa seguiu financiando eventos culturais, a exemplo da turnê de Gilberto Gil, a qual custou R$ 4 milhões de investimento da estatal.

A atitude causou revolta em funcionários da empresa que precisam se submeter as medidas de contenção de gastos.
Medidas de contenção de gastos
Após o prejuízo, a estatal anunciou nessa segunda-feira (12) uma série de medidas para conter gastos. Visando economizar R$ 1,5 milhões este ano, a empresa irá prorrogar as inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário e a diminuição de jornada, com redução de salários.
Também foi proposto a suspensão temporária de fruição de férias a partir do dia 01 de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano, assim as férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026. Haverá uma revisão da estrutura do Correios-Sede com redução de pelo menos 20% do orçamento de funções e convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial, onde todos os funcionários devem retornar a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial.
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