O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está investigando nove possíveis casos de gripe aviária em diversas regiões do Brasil. As suspeitas envolvem tanto aves domésticas quanto silvestres e estão sendo apuradas segundo os protocolos internacionais de vigilância sanitária. Até o momento, dois casos registrados no Rio Grande do Sul foram descartados, enquanto um terceiro, no mesmo estado, ainda está em análise.
Nesta quinta-feira (22), foi iniciado o chamado "marco zero", que marca o início do período de vazio sanitário — um protocolo que, se não houver novas ocorrências, permite encerrar oficialmente o foco após um determinado período sem novos registros.

Locais com suspeitas em investigação:
Gaurama (RS) – galinhas domésticas
Ipumirim (SC) – atividade comercial
Garopaba (SC) – ave silvestre
Chapecó (SC) – galinhas domésticas
Concórdia (SC) – galinhas domésticas
Angélica (MS) – galinhas domésticas
Salitre (CE) – galinhas domésticas
Aguiarnópolis (TO) – atividade comercial
Eldorado do Carajás (PA) – galinhas domésticas
As amostras dessas aves estão sendo analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de São Paulo, unidade de referência nacional em sanidade avícola. O Mapa informou que, até o momento, não há confirmação de novos focos da doença em criações comerciais, o que mantém o Brasil com o status de país livre de influenza aviária de alta patogenicidade, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
O que é a gripe aviária?
Também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa causada pelo vírus Influenza A. Embora afete principalmente aves silvestres e domésticas, a doença pode infectar humanos — embora o risco de transmissão seja considerado baixo.
Sintomas em aves incluem:
Dificuldade respiratória
Secreção nasal ou ocular
Espirros
Incoordenação motora
Torcicolo
Diarreia
Alta mortalidade
Todas as suspeitas envolvendo sinais respiratórios, neurológicos ou morte súbita de aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio das Inspetorias de Defesa Agropecuária locais.
Riscos e orientações
O Mapa reforça que não há risco no consumo de carne de frango ou ovos e orienta a população a evitar contato com aves doentes ou mortas. Em caso de suspeita, é fundamental acionar os serviços veterinários locais.
Além disso, o governo brasileiro intensificou a vigilância em regiões com maior presença de aves migratórias e em áreas de produção avícola comercial, como forma de proteger um dos setores mais estratégicos da economia nacional — o Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de carne de frango.
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