Durante a visita de diplomatas estrangeiros à Cisjordânia nesta quarta-feira (21), as tropas israelenses dispararam tiros de advertência contra o grupo. No momento dos disparos, delegações de 20 países estavam em missão oficial organizada pela Autoridade Palestina (AP) para observar a situação humanitária no território ocupado por Israel.
Na ocasião estavam diplomatas do Reino Unido, Portugal, França, Canadá, entre outros países. Todos estavam reunidos próximo à entrada de um campo de refugiados na cidade de Jenin, que havia sido alvo de uma operação militar em janeiro deste ano.
O Ministério das Relações Exteriores da Palestina acusou Israel de ter “deliberadamente atacado com fogo real uma delegação diplomática credenciada”. Entretanto, as Forças de Defesa de Israel (FDI) respondeu que a missão “desviou-se da rota aprovada”, e que os tiros eram um tiro de advertência.
A FDI pediu desculpas aos diplomatas, e que vai entrar em contato com os países envolvidos. A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, pediu que Israel tome medidas em relação aos responsáveis pelo ataque. Diplomatas da Itália, Bélgica e Espanha condenaram a ação, e exigiram uma “explicação convincente” do governo israelense.
“Uma visita a Jenin, da qual um de nossos diplomatas estava participando, foi alvo de disparos de soldados israelenses. Isso é inaceitável”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot.
Países pedem fim da guerra
Os ataques acontecem em meio a uma nova rotina de ataques de Israel contra a Faixa de Gaza. Países da União Europeia tem se manifestado para que seja proposto um acordo para por fim à guerra na região, inclusive com o anúncio de revisão dos laõs comerciais. No enclave palestino, o Exército israelense chegou a bloquear a entrada de ajuda humanitária.
Após dois meses de cessar-fogo, Israel empreendeu novas operações no território palestino desde 18 de março, e desde essa data, 3.509 pessoas foram mortas. Ou seja, desde o início do conflito, são 53.655 mortos, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
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