Carolina Matta
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira (22), o plano fiscal de Donald Trump que propõe o corte de impostos e gastos. Agora, a proposta será encaminhada para discussão no Senado, de maioria republicana.
O texto foi aprovado após uma longa sessão noturna com um placar apertado de 215 votos favoráveis e 214 contra. Ao longo da discussão sobre o projeto, congressistas republicanos conservadores que se opunham à legislação sob a justificativa do aumento do déficit, participaram de reuniões na Casa Branca e conseguiram chegar a um acordo.
Donald Trump chegou a apelidar o texto de “grande e belo projeto de lei”, e comemorou o avanço do plano, ocasião em que pediu para que o Senado “comece a trabalhar e leve esse projeto de lei à mesa o mais rápido possível”.
Mike Johnson, presidente da Câmara, declarou que espera não haver mudanças significativas no plano durante as discussões no Senado. “Incentivei nossos colegas do Senado a encarar isso como um esforço de equipe, como fizemos, e a modifica-lo o mínimo possível”, declarou.
O que trata o projeto
A proposta apresentada por Donald Trump prevê a extensão de isenções fiscais do primeiro mandato do republicano, além de incluir novos cortes, como na compra de carros fabricados nos Estados Unidos. Também é estipulado aumento no limite das isenções de impostos estaduais e locais, o que tem gerado discórdia entre os parlamentares.
Há a proposição de um maior financiamento para a gestão de fronteiras e aplicação da política de imigração do presidente, além de restrições à ajuda alimentar e aos programas de saúde Medicaid e Medicare.
Uma projeção feita pelo Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) apontou que em dez anos a dívida nacional será de US$36 de trilhões, e com a proposta, esse número deve aumentar US$ 2,4 trilhões. Para compensar esses gastos e prevenir o crescimento no déficit, o texto propõe o corte no financiamento de programas de seguridade social em mais de US$ 1 trilhão em dez anos.
Para Trump, a iniciativa tem o objetivo de acabar com o benefício para “imigrantes ilegais que se aproveitam”. A declaração atraiu críticas dos democratas, que votaram contra o projeto.
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