Izabella Furtado
Um jato executivo modelo Cessna 550 caiu em um bairro residencial de San Diego, Califórnia, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (22), deixando mortos e provocando incêndios em diversas casas, segundo autoridades locais. O acidente ocorreu por volta das 3h45 (horário local), próximo ao Aeroporto Executivo Montgomery-Gibbs, em meio a forte nevoeiro e baixa visibilidade.
Ainda não se sabe o número exato de vítimas, mas o chefe assistente dos bombeiros de San Diego, Dan Eddy, afirmou que “mais de uma” pessoa morreu no impacto. Todas as mortes até o momento são atribuídas ao acidente aéreo. “O combustível de jato correndo pelas ruas, tudo pegando fogo ao mesmo tempo... foi horrível de ver”, relatou o chefe de polícia Scott Wahl, descrevendo a cena como caótica e devastadora.
O impacto da queda gerou incêndios em quase uma dúzia de residências, obrigando a evacuação de vários quarteirões. O bairro atingido abriga uma das maiores comunidades habitacionais militares do mundo, de acordo com o capitão Robert Heely, comandante da Base Naval de San Diego. “Certamente temos muitas famílias de militares afetadas”, declarou.
De acordo com o FlightAware, site de rastreamento de voos, o jato havia decolado do Aeroporto de Teterboro, em Nova Jersey, na noite de quarta-feira (21). Após uma parada técnica em Wichita, Kansas, a aeronave seguiu para San Diego. Uma gravação do site LiveATC.net indica que o piloto comunicou estar a cerca de três milhas do pouso na pista 28 do Aeroporto Executivo Montgomery-Gibbs, sem sinal de emergência ou problemas técnicos.
O aeroporto não conta com operadores de torre durante a madrugada, o que obriga os pilotos a coordenarem os pousos entre si via rádio, utilizando uma frequência comum.
A visibilidade no momento do acidente era de aproximadamente 800 metros, com nuvens baixas, o que pode ter contribuído para a tragédia. O avião, fabricado em 1985, pertence a uma empresa com sede no Alasca, conforme registros da istração Federal de Aviação (FAA).
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) e a FAA abriram investigação para apurar as causas do acidente.
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