Izabella Furtado
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira (21) que os milhares de venezuelanos que perderão o Status de Proteção Temporária (TPS) ainda terão a possibilidade de solicitar asilo no país. A declaração foi feita um dia após a Suprema Corte confirmar o plano do presidente Donald Trump de revogar o TPS para aproximadamente 350 mil cidadãos da Venezuela, tornando-os elegíveis para deportação.
"Agora, as pessoas que receberam o TPS solicitarão o processo de asilo. E acredito que muitas delas, se não a maioria, terão pedidos de asilo muito confiáveis", declarou Rubio durante uma audiência na Câmara de Representantes.
Rubio, conhecido por sua forte oposição ao regime de Nicolás Maduro e por ter sido um defensor do TPS durante seu mandato no Senado, criticou a forma como o governo do ex-presidente Joe Biden (2021–2025) conduziu a concessão do benefício. Segundo ele, a istração anterior teria aplicado o TPS de forma generalizada, sem a devida análise dos antecedentes dos beneficiários.
Embora tenha reconhecido que a grande maioria dos venezuelanos com TPS "não são criminosos", o secretário alertou sobre os riscos de casos isolados. “Se mil deles forem [criminosos], temos um grande problema”, afirmou.
Repercussão e críticas
A decisão da Suprema Corte, respaldando o plano de Trump, gerou críticas de parlamentares democratas, defensores dos direitos dos imigrantes e membros da comunidade venezuelana nos Estados Unidos. Eles argumentam que deportar essas pessoas para a Venezuela representa um risco significativo à sua segurança, dada a crise humanitária e política enfrentada pelo país.
O TPS é um programa migratório criado em 1990 com o objetivo de oferecer proteção temporária a cidadãos de países afetados por conflitos armados, desastres naturais, epidemias ou outras situações que coloquem em risco o retorno seguro dos imigrantes às suas nações de origem.
Ver todos os comentários | 0 |